Pauliprev promove campanha Março Lilás
Com o objetivo de aumentar a conscientização da sociedade para os riscos do câncer do colo do útero, o Instituto Pauliprev está promovendo a campanha de saúde “Março Lilás”. A ideia é disponibilizar informações no site da autarquia e em seu site e canais institucionais nas redes sociais sobre as melhores formas de prevenção do. A iniciativa integral calendário anual do Ministério da Saúde, por isso março azul lilás. Neste mês, a ideia é orientar as mulheres em relação ao exame preventivo Papanicolau realizado anualmente, para identificar possíveis sintomas e diferença no corpo. Assim, a mulher fica mais segura e garante sua qualidade de vida.
“Essa campanha também busca visa levar informação e estimular a população feminina para os cuidados de prevenção contra o câncer de colo uterino, além de alertar para os principais sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar ajuda médica”, revela Marcos André Breda, presidente da Pauliprev.
No Brasil, em 2021, 270 mulheres morreram devido ao câncer de colo de útero, uma média de 23 mulheres por mês, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O câncer de colo de útero, excetuando-se o câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina. Segundo o Inca, no triênio 2020/2022, o Brasil deve registrar 16.710 casos novos de câncer de colo uterino.
Políticas públicas nessa área vêm sendo desenvolvidas no Brasil desde meados dos anos 80 e foram impulsionadas pelo Programa Viva Mulher, em 1996. O controle do câncer do colo do útero é uma prioridade da agenda de saúde do país e integra o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022.
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado por uma infecção persistente por tipos oncogênicos do Papiloma Vírus Humano (HPV). É uma doença de desenvolvimento lento, que pode cursar sem sintomas em fase inicial e evoluir para quadros de sangramento e secreção vaginal anormal e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.
A infecção genital por esse vírus é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.
Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros, tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados), Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, entre outros, aumenta o risco de desenvolver a doença
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. Ela pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento) pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Exame preventivo
O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença. O exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública e sua realização periódica permite reduzir a ocorrência e a mortalidade pela doença.
O exame deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual. Isso pode incluir homens trans e pessoas não binárias designadas mulher ao nascer. Devido à longa evolução da doença, o exame pode ser realizado a cada três anos. Para maior segurança do diagnóstico, os dois primeiros exames devem ser anuais. Se os resultados estiverem normais, sua repetição só será necessária após três anos.
Março Azul-Marinho: campanha de alerta para prevenção ao câncer colorretal
A campanha Março Azul, que já é feita na Europa e nos Estados Unidos, chegou nos últimos anos ao Brasil por iniciativa da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed). A campanha conta com o apoio da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e de outras entidades. O objetivo é mobilizar e conscientizar a população e os profissionais de saúde a respeito dos riscos do câncer colorretal. Com a votação completa no Congresso Nacional e com a sanção da Presidência da República, essa campanha estará prevista em lei.
Para os homens, o câncer colorretal é o terceiro tipo mais comum de câncer. O primeiro é o de próstata, respondendo por 29,2% do total, e o segundo é o câncer de traqueia, brônquio e pulmão, totalizando 9,1 % de todos os casos de câncer em homens. No caso das mulheres, é o segundo tipo mais comum, só perdendo para o câncer de mama, que é responsável por 29,7% do total de novos casos de câncer feminino. Em relação à mortalidade, o câncer colorretal é a terceira causa de morte por câncer para homens e mulheres, sendo responsável por 8% e 9,3%, respectivamente, dos óbitos por neoplasias de forma geral.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou que, em 2020, houve 17.760 novos casos de câncer colorretal em homens (7,9% do total de novos casos de câncer) e de 16.590 novos casos em mulheres (7,4% do total).