Campanha ‘Agosto Dourado’ busca incentivar aleitamento materno. Pauliprev disponibiliza em seu site informações sobre a iniciativa

Campanha ‘Agosto Dourado’ busca incentivar aleitamento materno. Pauliprev disponibiliza em seu site informações sobre a iniciativa

Neste mês de agosto, o Instituto Pauliprev desenvolve junto aos seus públicos interno e externo a campanha “Agosto Dourado”, com enfoque no Aleitamento Materno. Rotineiramente, as campanhas de prevenção e conscientização tornam colorido o calendário da saúde de janeiro a dezembro de cada ano. A campanha deste mês – Agosto Dourado – foi originalmente criada em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). A cor dourada foi escolhida para designar o mês de agosto pelo fato de estar relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. De acordo com a OMS e o UNICEF, cerca de 6 milhões de vidas são salvas anualmente por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.

“No nosso site é possível obter mais informações sobre a campanha e orientações a respeito do aleitamento materno”, explica Marcos André Breda, presidente do Instituto Pauliprev.

Apesar dos benefícios conhecidos, amamentar ainda é um desafio, e as taxas de aleitamento exclusivo nos primeiros 6 meses estão aquém do esperado em diversos países. Os benefícios do aleitamento materno são inúmeros, no entanto, segundo a OMS, apenas 39% dos bebês brasileiros são amamentados com exclusividade até a faixa etária recomendada.

Assim é o leite materno: a base da vida, o melhor alimento para qualquer bebê, principalmente se este for oferecido diretamente do seio. Ele sacia a fome e impulsiona o viver, e é naturalmente indispensável nos primeiros momentos da existência. A recomendação mundial é de que o aleitamento deve ser exclusivo até os 6 meses e complementado com alimentos variados até os 2 anos ou mais, pois mesmo com a introdução da alimentação complementar após o sexto mês, a amamentação continua a apresentar vantagens para a criança.

Considerado o alimento mais completo para os bebês, o leite materno sacia a fome, contribui para a melhora nutricional, reduz a chance de obesidade, hipertensão e diabetes, diminui os riscos de doenças infecciosas como otite, pneumonia, gastroenterite e alergias, além de provocar um efeito positivo na inteligência e auxiliar o desenvolvimento dos sistemas imunológico, neurológico e metabólico dos bebês.

Para as mães, os benefícios são muitos: entre eles, melhor recuperação no pós-parto e menos risco de câncer de mama e de ovário. Pesquisas mais recentes têm mostrado que existe quase uma unicidade entre o leite da mãe e a criança, ou seja, trata-se de uma secreção quase que personalizada individualmente em seus componentes.

 

Tipos de leite materno

  • Colostro: é o primeiro leite, é rico em anticorpos e fundamental para o sistema imunológico do bebê; produzido em pequena quantidade, mas altamente nutritivo.
  • Leite de transição: produzido da apojadura (descida do leite) até 15 dias após o parto; produzido em maior quantidade e possui maior teor de gordura.
  • Leite maduro: apresenta diferentes características ao longo da mamada e possui vitaminas, minerais e proteínas essenciais ao desenvolvimento do bebê.

 

Rede de apoio

A rede de apoio é importante para manutenção do aleitamento materno, por isso a mulher deve cercar-se de pessoas que incentivam a amamentação, visto que, a mesma leva um tempo para se estabelecer. Até que a mulher consiga se envolver e se dedicar ao processo sem preocupações desnecessárias, é importante ter pessoas com ela realizando outras tarefas da casa, auxiliando nos cuidados com o bebê e cuidando também dela, apoiando e incentivando a amamentação e até mesmo afastando pessoas com comentários indesejados.

O corpo da mulher continua produzindo um leite nutritivo durante toda a amamentação, ele nunca será só água. Assim, a amamentação prolongada vai ser uma excelente fonte de energia, nutrientes e proteção para a criança, e também uma continuidade da relação mãe-bebê. Não há motivos para indicar o desmame quando mãe e criança estão bem e felizes.

 

Incentivo

Desde 1981, o Ministério da Saúde coordena estratégias para proteger e promover a amamentação no Brasil. Segundo dados levantados, o país tem 329 hospitais Amigos da Criança, estas são instituições que promovem e cumprem os dez passos para o sucesso do aleitamento materno. Além destes, o Brasil possui 222 bancos de leite humano e 219 postos de coleta. Em 2020, cerca de 181 mil mulheres doaram mais de 226 mil litros de leite materno.

A estratégia para incentivar a amamentação vem apresentando resultados. Os índices nacionais do aleitamento materno exclusivo entre crianças menores de seis meses aumentaram de 2,9%, em 1986, para 45,7% em 2020. Já o aleitamento para crianças menores de quatro anos passou de 4,7% para 60% no mesmo período.

 

Leite materno e covid-19

Atualmente, muitas mães ainda ficam em dúvida se o ato de amamentar implica risco de infecção pelo leite materno para mulheres que testaram positivo para o novo coronavírus. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, não há risco de transmissão do SARS-CoV-2 pelo leite materno, por isso não há razão para evitar ou interromper a amamentação.

Até o momento, não existem evidências da transmissão do vírus pelo leite materno. A recomendação da OMS é que a mãe infectada pelo coronavírus mantenha a amamentação exclusiva até os seis meses, no entanto, é necessário manter as devidas precauções, como lavagem das mãos com sabão ou álcool em gel antes e depois de tocar o bebê e o uso de máscara.

Para as mães que contraíram a covid-19 é indicado suspender a doação de leite humano, respeitando o protocolo de segurança técnica e o controle de qualidade determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a seleção de doadoras.

 

  • Doação

Qualquer mulher em fase de amamentação pode ser uma doadora, basta ser saudável e não tomar medicamento contraindicado para essa fase. É importante ressaltar que todo leite doado é analisado e passa por testes de qualidade, processamento, pasteurização e só então é ofertado aos bebês prematuros. As interessadas em leite materno podem procurar como doar em sua cidade no site da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.

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