Pauliprev promove conscientização para o autismo com campanha “Abril Azul”

Pauliprev promove conscientização para o autismo com campanha “Abril Azul”

As campanhas de prevenção/conscientização tornam colorido o calendário da saúde de janeiro a dezembro. Em abril, o foco volta-se para o autismo, uma vez que dia 2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, data criada em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), para propiciar e garantir as reflexões e a conscientização a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A conscientização sobre o autismo é um dos passos alcançar uma sociedade mais compreensiva e acolhedora. No Instituto Pauliprev, a campanha “Abril Azul” tem o papel de conscientizar servidores públicos, destacando que o autismo não é uma doença e que ninguém precisa se afastar de uma pessoa autista; pelo contrário, é preciso entender para conseguir ajudar e incluir. “Como nas campanhas anteriores, a autarquia monta um painel temático na sua recepção com informações sobre o autismo e disponibiliza em seus canais vistorias informações sobre esse transtorno”, esclarece Marcos André Breda, presidente do Instituto Puliprev.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas são autistas no mundo, sendo uma em cada 6 crianças, com maior incidência entre os meninos. No Brasil, estima-se que existam em torno de 2 milhões de pessoas com diagnóstico para o transtorno, que geralmente é identificado entre os 3 anos e 4 anos de idade.

Diante disto, nota-se a importância da legislação na garantia de práticas que busquem incluir o autista de forma justa e igualitária nos espaços sociais. Atualmente, no contexto legal brasileiro, os autistas possuem direitos e garantias regulamentados. Um passo importante neste processo foi a Lei Federal n° 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

De acordo com a Associação Brasileira de Autismo (ABRA), o autista tem como principais características a dificuldade de estabelecer relações sociais, de consolidar interações, de se comunicar com pessoas que não são do seu círculo familiar e no uso da imaginação.

A luta pelo fim da discriminação e preconceito contra as pessoas com autismo precisa ser constante, pois é dever de todos a construção de uma sociedade inclusiva e acessível, onde pessoas com autismo e outras deficiências tenham oportunidades iguais de acesso à informação, educação, emprego e participação na vida social, política e cultural.

 

O que é o autismo?

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico, caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos. Esses sintomas configuram o núcleo do transtorno, mas a gravidade de sua apresentação é variável, e embora não haja cura, possui tratamento.

 

Como identificar o autismo?

O autismo pode ser identificado desde o primeiro ano de vida, embora seu diagnóstico geralmente se dê entre os 3 e 4 anos. Certas características, tais como dificuldade de interação social, manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos, além da dificuldade em se comunicar, geralmente com o uso repetitivo da linguagem e alguns bloqueios para iniciar e manter uma conversa, hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado, comportamentos repetitivos ou metódicos, interesse intenso em coisas específicas e dificuldade de imaginação podem indicar a presença do TEA.

É importante se obter o diagnóstico para iniciar o tratamento o quanto antes, visto que o que determina o grau de comprometimento é o quanto à criança necessitará de mediações para realizar suas tarefas. Uma criança diagnosticada como de alta funcionalidade apresenta prejuízos leves, que não causam impedimentos na hora de estudar, trabalhar e se relacionar. Um portador de média funcionalidade tem um menor grau de independência e necessita de algum auxílio para desempenhar funções do dia a dia, tais como: tomar banho ou preparar a sua refeição. Já o paciente de baixa funcionalidade vai manifestar dificuldades graves e costuma precisar de apoio especializado ao longo de toda vida.

 

O que causa o autismo?

Apesar de não possuir causas totalmente conhecidas, há relatos de determinados fatores que contribuem para que uma criança venha ao mundo com autismo, e estão relacionadas ao período de gestação da mãe, como estresse, exposição a substâncias tóxicas, desequilíbrio metabólico, infecções e outras complicações pré-natais.

 

Tratamento

Para iniciar o tratamento é necessário identificar o tipo específico e o grau de comprometimento da criança, e uma vez tendo feito isso, o tratamento consiste em uso de medicamentos prescritos, sessões de fonoaudiologia para melhorar a fala e a comunicação, terapia comportamental para facilitar as atividades diárias, além de terapia em grupo para melhorar a socialização da criança.

O ideal é iniciar o tratamento o quanto antes, pois quanto mais precoce ocorrer a estimulação e a regulação dos sintomas os resultados se tornam mais satisfatórios. Estudos mais recentes mostram que quando o tratamento é iniciado em crianças a partir dos 3 anos de idade a melhora chega a ser de 80%, e se for antes dos 3 anos chegam a alcançar 90%.

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