Pauliprev promove reflexão sobre autismo no Abril Azul
Abril é o mês azul na campanha nacional que chama a atenção para o autismo. Dia 2 de abril é o dia mundial de conscientização do autismo, data criada em 2007 pela ONU (Organização das Nações Unidas), para incentivar reflexões e a conscientização a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA), contribuindo para reduzir o preconceito e a discriminação existente contra esse público. A cor azul foi a escolhida porque o transtorno atinge principalmente meninos.
O TEA é um transtorno de desenvolvimento que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atinge 1 em cada 160 crianças no mundo. No Mundo existem cerca de 70 milhões de pessoas com autismo. No Brasil, estima-se que existam cerca de 2 milhões de autistas. Geralmente o diagnóstico ocorre na primeira infância no período de 0 a 3 anos.
Na Pauliprev, a conscientização faz parte de um calendário anual com a divulgação de vídeo sobre o tema e folheto explicativo que explica o transtorno e contribui para a redução de preconceitos, bem como divulgação nas suas redes sociais e em seu site. “A ideia é chamar a atenção da sociedade para esse transtorno que atinge cerca de 1% da população”, explica Marcos André Breda, presidente da Pauliprev.
Autismo
A expressão “autismo” foi utilizada pela primeira vez pelo psiquiatra suíço Bleuler em 1911, para apontar a ruptura do contacto com a realidade, o que culmina em grande dificuldade ou impossibilidade de comunicação.
O psiquiatra austríaco Leo Kanner, especialista em psiquiatria infantil, no ano 1943, usou a mesma expressão para descrever onze crianças que apresentavam um comportamento diferente de outras crianças, um comportamento bastante original, como sugestão acreditou se tratar de uma inexistência de habilidades inatas para estabelecer relações afetivas, imaginou ser uma síndrome bastante rara, porém mais frequente que o esperado, pelo pequeno número de casos diagnosticados.
As causas do TEA (Transtorno de Espectro Autista) ainda não são totalmente conhecidas, durante muito tempo acreditou-se como causa única a predisposição genética e as pesquisas foram concentradas neste aspecto, analisando mutações espontâneas que podem ocorrer no desenvolvimento do feto e a herança genética passada de pais para filhos.
No entanto, já existem evidências que mudam o cenário até então entendido como visão absoluta, as causas hereditárias explicariam apenas metade do risco de desenvolver TEA. Fatores ambientais que impactam o feto, como estresse, infecções, exposição a substâncias tóxicas, complicações durante a gravidez e desequilíbrios metabólicos teriam o mesmo peso para o desenvolvimento do
TEA.
O TEA compromete o comportamento do indivíduo e sua interação com a sociedade, por isso quanto antes acontecer o diagnóstico mais chances de a criança ter uma vida normal.
Autismo não é uma doença, sendo assim também não possui cura, mas possui tratamento, autismo é um distúrbio de desenvolvimento que não pode ser olhado de forma simplista, mas sim de forma complexa.
Sintomas
Os comportamentos iniciais acontecem nos primeiros meses de vida da criança, de uma forma geral as crianças com TEA apresentam os seguintes sintomas:
- Dificuldade na interação social, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;
- Dificuldade na comunicação com outras pessoas, geralmente escolhendo pelo uso repetitivo da linguagem e alguns bloqueios para iniciar e manter uma conversa.
- Comportamento alterado, como manias, algumas vezes apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse muito intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação.
Causas do autismo
Atualmente as heranças genéticas desempenham papel muito importante para possíveis causa do autismo, sem poder, no entanto, serem descartadas as causas ambientais. Alguns dos sinais podem ser observados nos bebês na hora da amamentação. Geralmente o bebê mantém contato visual com a mãe, já os bebês com possível diagnóstico de autismo são incapazes de fixar os olhos nos olhos da mãe enquanto mamam.
Dentro das características que apontam para o espectro autista poucos casos são considerados graves que necessitam de apoio em todas as atividades da vida cotidiana e necessitará para o resto da vida, nos casos onde o autista apresenta comportamento agressivo provavelmente será necessário o uso de medicamentos, com certa frequência autista com grau leve são bastantes inteligentes, com capacidade de executar contas complexas, decorar mapas de cidades, não raras as vezes pessoas com autismo com grau leve podem passar a vida toda sem diagnóstico e muitas vezes serem taxadas como pessoa tímida.
Tratamento
Há o quadro leve, o médio e o grave. Para iniciar o tratamento é necessário saber qual tipo específico e qual o grau de comprometimento da criança. O tratamento pode ser feito com uso de medicamentos prescritos pelo médico, sessões de fonoaudióloga para melhorar a fala e a comunicação, Terapia comportamental para facilitar as atividades diárias, além de terapia de grupo para melhorar a socialização da criança.